5 perfumes masculinos mais elogiados por mulheres em 2025 — e custam menos de R$ 100
Algumas escolhas falam mais sobre uma pessoa do que o próprio exposição. O modo porquê alguém chega, o tempo que morosidade a se sentar, o cheiro que deixa ao se despedir. Certas presenças se impõem de forma tão originário que nem se percebe o momento exato em que começaram a ocupar espaço. A fragrância é segmento disso. Talvez uma das mais discretas, e por isso mesmo, uma das mais eficazes.
Ao contrário do que se imagina, um bom perfume não precisa ser vasqueiro ou custoso. Ele precisa unicamente de congruência. Precisa ter a medida certa entre frescor e intenção, entre leveza e permanência. Precisa caber no corpo porquê uma roupa muito cortada, que não labareda atenção por si só, mas melhora quem a veste.
É geral pensar que perfumes acessíveis são sinônimo de fórmulas genéricas, aromas esquecíveis ou exageros sintéticos. Mas nem sempre é o caso. Há exceções que surpreendem. Perfumes que passam por elegantes porque são, mesmo sem pedigree importado. Que funcionam muito em ambientes abertos, mas também suportam o silêncio de um elevador. Que dizem um tanto sem precisar se impor.
E quando uma mulher elogia um perfume masculino, geralmente não é pelo que ele tenta ser. É pelo que ele consegue fazer com naturalidade. É o frescor que chega primeiro, a textura que não cansa, a memória olfativa que retorna sem esforço. É o contraste entre a aspecto geral do frasco e o efeito que fica na pele.
Essas fragrâncias têm um tanto em geral: cumprem o que prometem sem espalhafato. Permanecem, mas não pesam. Elogiam a quem as usa em vez de roubar a cena. Estão à margem das vitrines mais visadas, mas não da percepção mais atenta. E quando encontram o corpo evidente, passam a fazer sentido. O tipo de sentido que se sente antes de se pensar.
Porque, no término, um bom perfume não é o que entra primeiro. É o que permanece quando tudo já foi dito.
Asad Eau de Parfum (Lattafa)

Não se trata de força, mas de direção. Há fragrâncias que não pedem para entrar, elas já estão quando se percebe. Esta começa densa, não por agressividade, mas por crença: um amadeirado firme que não se explica, unicamente se impõe. O ar em torno muda. A pele o acolhe com um calor que não queima, mas marca. Não é o tipo que deseja deleitar a todos, e nisso reside seu fascínio. Ele se curva mais à noite do que ao dia, mais ao mistério do que à exposição. Tem a textura de uma recordação recém-acordada: nítida, porém turva de libido. Não há nele mel óbvia, mas há corpo, profundidade, insistência. É feito para quem não sorri à toa, para quem chega sem anunciar e, ainda assim, vira tópico. Fica na roupa, na memória, na incerteza. Porque quem o usa não precisa convencer, unicamente ser notado. E quem nota, raramente esquece.
Nautica Voyage Eau de Toilette (Nautica)

É porquê penetrar uma janela sobre um campo onde o mar não chega, mas a promessa dele ainda vibra no ar. Fresco, não de maneira efêmera, mas porquê permanência em movimento. Há um tanto de juventude no primeiro momento, mas sem imaturidade. Seu início verdejante se dissolve com leveza em uma base aquática clara, limpa, que se sustenta com a serenidade de quem não quer impressionar. E talvez por isso impressione. Há perfumes que exalam vaidade, outros que sugerem estabilidade. Leste faz segmento do segundo tipo. Acompanhá-lo é porquê vestir uma camisa de algodão sedento ao trespassar do banho, não provoca, mas agrada. Serve ao sol, mas não teme a sombra. Ideal para o cotidiano que pede pundonor ligeiro, para o gesto elegante que não quer palco. O encómio vem, quase sempre, porquê surpresa. E a surpresa, quase sempre, é o quanto se lembra de quem o usa, sem esforço, sem estrondo, unicamente por estar exatamente onde deveria.
Varão Essence (Natureza)

Existe um tipo de presença que não exige palco. Não é discreta por timidez, mas por escolha. Esta fragrância veste exatamente essa postura: densa, sóbria, sem pressa de deleitar. Desde o início, oferece notas que não saltam, se assentam. A madeira é o eixo, mas uma mel seca percorre os contornos com perceptibilidade. Zero nele suplica atenção, tudo nele a recebe. Há uma maturidade evidente, não pela idade, mas pela consciência do próprio tamanho. É perfume de profundidade baixa, mas correnteza firme. O tempo o favorece, vai aquecendo no corpo porquê uma teoria que só faz sentido depois do silêncio. Quem o sente não se encanta de subitâneo, mas se vê lembrando dele horas depois. O cheiro que permanece na gola da camisa, na curva do braço, no quarto que já foi deixado. Um tipo de presença que marca não por impacto, mas por densidade. E que talvez diga mais com esse silêncio sustentado do que muitos outros em grito sincero.
Precípuo Deo Parfum Masculino (Natureza)

Alguns aromas têm vocação para a elegância discreta, aquela que não se pendura em rótulos, mas se reconhece no pulso repousado de quem sabe exatamente a hora de falar. Cá, a madeira é polida, a mel não é açucarada, e cada nota parece repousar sobre a outra com intenção. O resultado é uma assinatura que não imita, cria. Há nele um tanto clássico, mas não datado, um tanto envolvente, mas sem artifício. A projeção não precisa de espaço para se declarar, porque ela se sustenta na intimidade, na proximidade, nos segundos em que alguém se inclina para ouvir melhor. É perfume que prefere o diálogo ao exposição. Tem a linguagem do toque, da presença próxima, da conversa em voz baixa que fica ressoando mesmo depois do término. Um tipo de sofisticação que não se mede por exuberância, mas por precisão. E por isso mesmo, fica na memória com a força de quem nunca precisou invocar atenção para ser notado.
Club de Nuit Intense Man Eau de Toilette (Armaf)

Há perfumes que não se limitam a farejar muito, eles contam uma história. Esta fragrância não se contenta em ser aprazível, ela desafia, provoca, rasga o ar porquê um trovão elegante. Seu início é sedento, quase rude, porquê se testasse os sentidos antes de seduzir. Mas a rudeza é operação. Aos poucos, a madeira se abre, a fruta escurece, o epiderme aparece, e o que era insensível vira brasa. Não há espaço para timidez. Tudo cá exala crédito em estado bruto, mas nunca vazia. É masculinidade sem estereótipo, poder sem sonido. Evoca a imagem de quem atravessa um salão sem olhar para trás, evidente de que será notado. O mais impressionante, porém, não é sua força, mas o contraste que deixa, um cintilação sedento em meio à sombra, uma elegância que parece ter pretérito pela noite inteira e sobrevivido ao silêncio da manhã. É perfume de quem escolheu ser lembrado, mesmo que não se repita. E que prova, a cada nota, que o luxo mais verdadeiro não é o que custa custoso, é o que impõe saudação sem expressar o nome.
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