Por dentro do mundo do Kneecap

“Qual é a festa?” DJ Próvaí diz ao entrar em cena. Ele é o primeiro membro do Kneecap a participar da chamada e seu rosto está ligeiramente obscurecido por causa do sinal fraco. Mesmo assim, consigo ver mais DJ Próvaí, 35, do que sua balaclava tricolor irlandesa normalmente permite. Conversamos sobre locais para nadar na costa irlandesa e, em pouco tempo, Mo Chara e Móglaí Bap (ou Naoise, como ele se apresenta) aparecem na tela. “Como está o formulário?” Mo Chara pergunta com seu forte sotaque de Belfast. O grupo de hip-hop da Irlanda do Norte pode ter uma agenda lotada entre a turnê de seu último álbum, Fine Art, e a promoção de seu filme autobiográfico (quase) homônimo, mas logo observo que os companheiros de banda não estão muito ocupados para irritar uns aos outros. “Boa aparência”, diz Mo Chara, 27 anos, notando o Brylcreem espesso no cabelo de Móglaí Bap. O produto de estilo é algo com o qual estou familiarizado – meu pai irlandês passou por potes desse produto durante minha infância. Só agora, porém, é que percebo o seu significado cultural. “É um rito de passagem na Irlanda usar muito Brylcreem e meio frasco daquele perfume Joop!”, diz Móglaí Bap, 30 anos, antes de Mo Chara – dando uma tragada oportuna em seu rollie – interromper: “Éramos muito inflamáveis ​​enquanto cresciam”.

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