Valor foi confirmado na nova LDO e terá correção pela inflação e crescimento do PIB, com limite de ganho real
A proposta da nova Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), divulgada nesta semana pelo governo federal, prevê que o salário mínimo deve subir para R$ 1.630 em 2026. O reajuste será feito com base na inflação do ano anterior somada ao crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de dois anos antes, seguindo a nova política de valorização aprovada em 2023.
Nova política de reajuste do salário mínimo valoriza ganho real
A regra que define o aumento do salário mínimo foi sancionada no fim de 2023 e estabelece um mecanismo de correção que combina inflação e crescimento econômico, com limite de ganho real de até 2,5% ao ano. De acordo com o portal Money Times, a medida visa proteger o poder de compra do trabalhador e manter previsibilidade nas contas públicas.
Com o novo valor de R$ 1.630 previsto para 2026, o aumento se dará sobre os atuais R$ 1.518. Esse reajuste terá impacto direto em diversos benefícios vinculados ao piso salarial, como aposentadorias, pensões e auxílios do INSS, além de influenciar negociações trabalhistas em todo o país.
Projeções fiscais caminham junto ao piso salarial
A estimativa do novo salário mínimo foi apresentada em conjunto com a meta de superávit primário de 0,25% do PIB para 2026, o equivalente a R$ 34,3 bilhões. A proposta faz parte do Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), que também traz previsões fiscais até 2029, com expectativas crescentes de equilíbrio nas contas públicas.
O arcabouço fiscal adotado pelo governo limita o crescimento das despesas primárias a até 2,5% acima da inflação. Mesmo com as limitações, a previsão de aumento do salário mínimo demonstra que o governo pretende conciliar responsabilidade fiscal com avanços sociais — uma sinalização importante em tempos de pressão por mais investimentos públicos.
Impacto do salário mínimo nas contas públicas e na economia
O reajuste do salário mínimo impacta diretamente a execução orçamentária da União, já que grande parte dos benefícios sociais e aposentadorias são indexados a ele. Segundo o Money Times, a proposta da LDO prevê receitas líquidas de R$ 2,577 trilhões e despesas de R$ 2,594 trilhões em 2026, com margem de equilíbrio garantida por R$ 55 bilhões que não entram no cálculo da meta fiscal.
Com o aumento do salário mínimo, espera-se também uma movimentação positiva no consumo interno, já que uma parcela significativa da população tem esse valor como referência de renda. Esse fator pode estimular a economia, especialmente em setores como varejo e serviços, além de ajudar no controle da desigualdade.