Golpe utilizava dados pessoais e acesso ao Caixa Tem para desviar valores de contas vinculadas
A Polícia Federal identificou um esquema de fraude que desviou recursos do FGTS e de outros benefícios sociais, envolvendo a atuação de funcionários da Caixa Econômica Federal. A investigação aponta que os criminosos acessavam o aplicativo Caixa Tem com dados de trabalhadores e movimentavam valores sem autorização.
Como o golpe no FGTS era aplicado
De acordo com as investigações, os fraudadores obtinham dados como CPF e informações bancárias das vítimas, permitindo acesso às contas pelo aplicativo Caixa Tem. Com a ajuda de funcionários da Caixa, os criminosos conseguiam alterar e-mails vinculados às contas para redefinir senhas e controlar os valores. O desvio incluía saques presenciais, pagamentos via Pix e outras transações não autorizadas. A prática atingiu milhares de trabalhadores em diferentes regiões do país.
Ferramentas digitais ampliavam o alcance das fraudes
Além do envolvimento direto de colaboradores da instituição, a quadrilha utilizava softwares que simulam o funcionamento de celulares em computadores. Essa tecnologia permitia acessar várias contas simultaneamente e realizar operações em massa. Segundo a reportagem do Fantástico e os dados divulgados pelo G1, os valores desviados superam R$ 2 bilhões, considerando fraudes envolvendo o FGTS, seguro-desemprego e outros benefícios sociais.
Medidas adotadas e resposta das autoridades
A Caixa informou que todos os funcionários investigados foram desligados e que está reforçando os sistemas de segurança. Entre as ações, estão a inclusão de verificação biométrica e o uso de inteligência artificial para identificar movimentações suspeitas. A Polícia Federal segue com as investigações em andamento e já realizou operações de busca e apreensão em diversos estados, recolhendo documentos e equipamentos usados no golpe.
Como os trabalhadores podem se proteger com FGTS
A orientação da Caixa e da PF é que os cidadãos monitorem com frequência o saldo de suas contas vinculadas ao FGTS, utilizando apenas canais oficiais. É importante desconfiar de links recebidos por mensagens ou redes sociais e manter os dados pessoais protegidos. Em caso de movimentação não reconhecida, o trabalhador deve registrar um boletim de ocorrência e buscar atendimento em uma agência da Caixa para solicitar a apuração do caso.