Tudo o que você precisa saber sobre as fragrâncias mais famosas da maison

Um ícone olfativo, o N°5 dispensa apresentações. Radical ao enésimo grau, o design do seu frasco quebrou a tradição com suas linhas limpas e cantos arredondados. O perfume é finalizado com uma rolha com corte esmeralda – um formato que lembra a Place Vendôme, uma vista visível da varanda da suíte de Gabrielle no Hôtel Ritz Paris.

Criado por Ernest Beaux em 1921, o perfume revolucionou as abordagens tradicionais da perfumaria. Buscando “uma fragrância feminina que cheire a mulher”, Gabrielle contornou a ideia de que um perfume deveria estar associado ao perfume de uma única flor. Em vez disso, ela solicitou “uma fragrância artificial como um vestido, algo artesanal”, uma composição cuidadosamente desenhada.

“Sou costureira. Não quero rosa ou lírio-do-vale, quero uma fragrância composta”, explicou. Extremamente supersticiosa, diz-se que Gabrielle deu ao perfume o nome da quinta amostra que lhe foi apresentada, pois pensava no número cinco como seu amuleto da sorte.

Lançado um ano depois do N°5 em 1922, o N°22 é uma variação do seu antecessor, possuindo uma textura de sabão esplendidamente suave. Fazia parte da linha original da qual Gabrielle escolheu o N°5 como o primeiro lançamento de perfume da marca.

Diretamente inspirada na flor da camélia, em 1925 a Gardénia prestou homenagem a um dos emblemas da maison. A camélia sempre esteve presente no trabalho de design de Gabrielle – usada em casas de botão, presa na aba de chapéus e imortalizada em joias – tornando-a a musa floral perfeita, apesar de não ter perfume.

Criado em 1928, Bois des Iles é caloroso e sensual, com uma energia encantadora inspirada no frenesi inebriante dos clubes de jazz dos anos 20.

A última fragrância lançada e usada por Gabrielle Chanel, N°19 presta homenagem à sua data de nascimento: 19 de agosto de 1883. Imperturbável pelos protestos daqueles que a rodeavam, em 1970 o fundador da marca pediu a Henri Robert uma composição com uma personalidade igual em força à do N°5.

Uma composição âmbar decadente criada por Jacques Polge, Coco, lançada em 1984, simboliza a visão multifacetada de Gabrielle sobre a vida. Sua propensão para todas as coisas barrocas contrastava fortemente com seus designs de moda discretos.

Fresco e claro, o imensamente popular Coco Mademoiselle foi lançado em 2001 com a intenção de atingir um público mais jovem. Keira Knightley foi o rosto da fragrância durante muitos anos. O perfume tem uma certa dualidade, é cintilante e luminoso por conta dos elementos cítricos, mas a base é cremosa e reconfortante, composta por fava tonka e baunilha Bourbon.

Primeira fragrância Chanel apresentada em frasco redondo, Chance Eau de Parfum foi lançada em 2005, novamente criada por Jacques Polge. Prestando homenagem à natureza supersticiosa de Gabrielle ‘Coco’ Chanel, o perfume é inspirado na ideia de fortuna e imprevisibilidade. Uma fragrância floral que combina notas de pimenta rosa, jasmim e patchuli âmbar com notas de almíscar e baunilha, este perfume contém uma essência ousada para despertar uma aura ardente que parece assumidamente feminina e irresistivelmente sensual.

Aliás, apenas os amigos mais próximos de Gabrielle tiveram o privilégio de se referir a ela pelo apelido Coco, caso contrário, a fundadora da marca era chamada de Mademoiselle pelas costureiras.

Lançado em 2021, Le Lion (parte da coleção Les Exclusifs da Chanel) foi diretamente inspirado no signo de Gabrielle. Exalando poder protetor, o motivo majestoso de Chanel é mencionado através do distinto elixir âmbar de Olivier Polge.

A mais nova fragrância feminina da Maison, Splendide é a divertida irmã mais nova da família Chance. Elaborado por Olivier Polge, este perfume floral frutado abre com um vibrante acorde de framboesa, suavizado por delicadas notas de rosa e violeta. No seu coração, o gerânio floresce ao lado de um sussurro de íris atalcada, enquanto um acorde de cedro e almíscar branco fundamenta a fragrância – criando um turbilhão de esplendor que é ao mesmo tempo radiante e refinado.