4 perfumes femininos mais elogiados por homens em 2025 — e custam menos de R$ 100

Não há resguardo racional contra um perfume que chega antes da voz, que atravessa o espaço uma vez que se trouxesse um repercussão do tempo. Ele diz coisas sem manifestar, sugere sem explicar, toca sem tocar. É uma linguagem que só os sentidos decifram, e mesmo assim, não completamente. Certos aromas não se esquecem porque nunca foram, de traje, compreendidos. Somente se sentem.

Em 2025, um pouco curioso aconteceu no território das fragrâncias femininas. Quatro delas, vindas de marcas modestas ou subestimadas, encontraram um lugar íntimo nos sentidos dos homens. Não por serem exuberantes ou espetaculosas, mas por saberem habitar a pele com uma elegância silenciosa. Nenhuma delas ultrapassa os centena reais, o que, para alguns, pode tanger uma vez que limitação. Para outros, porém, é a prova de que o portento está muito além do preço.

La Rive Cuté possui uma mel quase tímida, um frescor transparente que parece flutuar no ar sem pressa. Gabriela Sabatini, por sua vez, carrega a nobreza das coisas que resistem ao tempo sem perder o luz. Há nela uma aura de força serena, uma vez que uma memorial que retorna com suavidade. La Petite Fleur Secrète não procura sofisticação forçada, mas encontra formosura nas notas leves e acessíveis, uma vez que uma tarde que começa sem grandes promessas e termina memorável. E o Cheirosa 68, da Sol de Janeiro, é pura pele dourada. Há sal, fruta, riso, um calor guloseima que lembra encontros em lugares onde o tempo desacelera.

O que une essas fragrâncias não é um substância em generalidade, mas o efeito que provocam. Elas chegam uma vez que quem não quer zero e, de repente, tudo muda. O olhar fica mais longo, o gesto mais escrupuloso, a memória mais viva. São perfumes que não precisam anunciar sua presença, somente sugerem, e isso é mais que suficiente. Porque há uma diferença entre perfumar o envolvente e tocar alguém. Essas fragrâncias fazem a segunda coisa. Sem esforço, sem inanidade, sem fórmula.

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E talvez seja esse o verdadeiro luxo: aquilo que chega vagarosamente, permanece por dentro e não precisa ser explicado.

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