Casa Branca afirma que aguarda uma resposta concreta de Pequim em meio ao impasse econômico entre as duas potências
As tensões comerciais entre China e Estados Unidos voltaram a ganhar força nos últimos dias. Enquanto o governo norte-americano afirma estar aberto ao diálogo, a Casa Branca deixou claro que agora cabe à China dar o próximo passo. A instabilidade nas negociações tem provocado reações imediatas nos mercados globais, afetando diretamente o câmbio e os investimentos estrangeiros no Brasil.
Casa Branca joga a responsabilidade para a China
A secretária de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt, afirmou nesta semana que “a bola está com a China” no que diz respeito à retomada das negociações comerciais com os Estados Unidos. A declaração, divulgada pelo Money Times, sinaliza que o governo norte-americano não pretende dar novos passos até que Pequim se manifeste de forma concreta.
Segundo o ex-presidente Donald Trump, os Estados Unidos não estão sob pressão para fechar um acordo comercial. Ele reiterou que a China depende fortemente do mercado consumidor norte-americano, sugerindo que a iniciativa deve partir do governo chinês. Do outro lado, Pequim elevou tarifas sobre produtos dos EUA, ampliando o impasse e agravando o clima de incerteza internacional.
Mercados reagem com cautela e volatilidade
Enquanto a retórica diplomática se intensifica, os mercados globais respondem com instabilidade. A recente tensão entre China e EUA gerou valorização do dólar frente ao real e aumentou a saída de investidores estrangeiros da bolsa brasileira. Os agentes econômicos demonstram receio quanto aos desdobramentos da disputa entre as duas maiores potências econômicas do mundo.
De acordo com a cobertura do Money Times, a falta de previsibilidade sobre um eventual acordo tem elevado a volatilidade nos ativos financeiros, especialmente em países emergentes como o Brasil, que acabam sendo afetados pelo efeito colateral dessa guerra comercial.
Próximos passos entre China e EUA: trégua ou escalada?
O cenário atual ainda é incerto. As declarações da Casa Branca deixam claro que a iniciativa precisa partir da China, mas o país asiático ainda não sinalizou publicamente a intenção de retomar os diálogos de forma oficial. Com isso, cresce a expectativa dos mercados sobre uma possível nova rodada de tensões ou, com sorte, uma reabertura das tratativas bilaterais.
Diante do histórico recente, analistas indicam que o momento é de cautela. As movimentações geopolíticas entre China e Estados Unidos continuarão a influenciar decisões de investimentos ao redor do mundo — e os desdobramentos desse jogo de xadrez comercial podem impactar diretamente a economia global.
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